terça-feira, 7 de junho de 2011

 O JB “Digital” e seus blogueiros que não sabem blogar

O JB, o jornal impresso mais antigo do Brasil encerrou suas atividades. Uma semana antes o Perú Molhado, o jornal de interior há mais tempo em atividade no Brasil,  anunciava que sairia encartado no JB. Acho que foram pegos de surpresa também.  Então com grande alarde iniciaram-se os comentários de que o JB seria agora totalmente digital.

De digital não tem nada. Mantém no Maximo um jornalismo online- que já nasceu morto-  colando matérias do Portal UOL.

Mas o mais cômico é ver a lista de blogs do JB.  Se quer ser digital, blog tem que ser ponta de lança.  A maioria dos blogs do JB nem são atualizados com freqüência. O mais atualizado, por ser feito por vários jornalistas, é  o “Coisa de Política” – com veteranos do jornalismo -   que sem saber fazem um blog colaborativo, mas não vão muito longe porque não respondem comentários e nem inserem ou fazem uso deles para criar as matérias do blog. Estão blogando como se escrevessem carta, quando blogar é manter conversa. Algumas iniciativas interessantes o JB está mantendo como disponibilizando todo o arquivo do século XX gratuitamente a todos na internet por exemplo. Mas para ser digital, falta pessoas, mas principalmente conhecimento por parte dos envolvidos sobre rede social - não confundir com Mídia Social- e espírito colaborativo.E realmente chegou o dia e JB impresso chegou ao fim e o da Internet começou, teve milhares de acessos em um dia.  Muito entusiastas  cantaram vitoria do digital sobre o impresso. Eu olhei descrente aquilo e comentei com amigos que era apenas curiosidade das pessoas. Não deu outra. Tá lá o JB.

Os outros blogs; é lastimável, são mantidos por pessoas sem um mínimo de domínio sobre os mecanismos da blogsfera. Vão lá  e escrevem uma matéria sobre o assunto de suas antigas colunas no impresso, e esperam que isso seja visto como uma blogagem. Sugestão: porque não contratam – ou propõe uma permuta- a  blogueiros reconhecidos para se hospedarem no site do JB? ‘Interney’, ‘Eu vi o Mundo’, ’Rebolinho’, ‘Mundo Gamp’. Talvez até mesmo os maiores blogueiros do universo como ‘O Curinga de Búzios’, ‘Bloco do Clovis’, ‘Anjo Vadio em Búzios’,  ‘Ravi Leaksentre’ entre outros da região dos Lagos que aceitassem dar um gás no JB.

Victor Viana @VianaBuzios

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Comunidade Virtual

Embora alguns estudiosos não gostem do termo “Comunidade virtual” por considerarem que esvazia a importância dessas comunidades e retiram dela a imagem de  Comunidades reais, que são.  Seria somente feita com pessoas que estão a distancia uma das outras, mas não menos real que comunidades formadas por pessoas próximas fisicamente.

No Orkut se popularizou os termos “Criar comunidades”, na maioria das vezes é apenas um espaço onde as pessoas ingressam – por vários motivos- mas não estão inseridas em discussões dos tópicos e nem mesmo interagem com os outros
 participantes.

Essas “Comunidades Virtuais” reais  podem ser feitas em um canal especifico como os grupos criados no Face  Book, Chats, e até mesmo  em uma  interação de blogueiros que sigam-se mutuamente e até em compartilhamento de e-mail. 

Não é a Mídia Social ou qualquer outro canal online que determina a criação e manutenção de uma comunidade. Algumas características demonstram que há uma “Comunidade Virtual” estabelecida:

Os indivíduos devem estar familiarizados entre si
·     Devem possuir  linguagem, normas e símbolos específicos compartilhados
·     As identidades devem ser reveladas
·     Deve-se perceber um esforço na manutenção e perseverança do grupo pelos participantes.

Instituições e empresas tem encontrado nessas comunidades um nicho para  divulgação de suas marcas, ações e produtos.  Nasceu assim um novíssimo ramo da etnografia, denominada Netnografia, que se atem a analise do comportamento das pessoas na internet.È uma técnica de pesquisa que possibilita, na maioria dos casos, com que as empresas tenham uma analise do consumidor. Mais instituições como ONGs de Direitos Humanos entre outras  encontrem uma forma de inserção e divulgação de propostas e ações entre nichos específicos de comunidades online.

Essas comunidades têm ganhado cada vez mais força. Podem ser criadas de forma inconsciente ou mesmo consciente.  Muitos se reúnem em comunidades para discutir o uso de novas tecnologias por exemplo. Mas também tem sido uma forma de compartilhamento e discussão de resoluções de problemas sócias o que traz das comunidades digamos física a matéria que é tratada e discutida na comunidade online e  retorna com soluções ou ao menos propostas par isso nas comunidades físicas.

Victor Viana @VianaBuzios 

segunda-feira, 16 de maio de 2011


(imagem do site "Escola de Redes" )


"O fenômeno do mundo pequeno"
Venho dês do fim da década de 90 – talvez alguns mais abastados tenham percebido antes disso- tenho tido a impressão de que o mundo estava ficando menor e o tempo passando com mais velocidade. Como adolescente de interior ouvi de muitos a explicação religiosa- estava tudo na Biblia, me disseram- não me contentava com a resposta sempre absoluta da religião.
Começava-se a falar massivamente sobre globalização – de forma superficial citavam uma idéia de aldeia global- nos artistas se podia ver com mais clareza a extensão do fenômeno que nos noticiários, sempre tão atrasados em temas que não são palpáveis, e assim a TV começa a entrar desengonçadamente na internet que, ninguém sabia, viria para se tornar maior que a caixa de imagens coloridas de todos os dias.
Mesmo sem recursos eu ia dando um jeito de me conectar aos acontecimentos. E então caminhamos até o ponto em que a internet se tornou acessiva a todos de alguma forma. O mundo realmente se tornou pequeno. Quanto mais as pessoas vão se conectando, menor o mundo social se torna.
Nascem as Redes Sociais. Mas o que não tem seguido a expansão da web é a compreensão de que um monte de gente reunida não determina necessariamente uma sociedade. O ‘Social’ é o que está ( existe) entre as pessoas. Uma verdadeira Rede Social se faz na interação entre as pessoas. As empresas; Igrejas, ONG, Site de relacionamentos, são apenas intuições e instrumentos; ferramentas para que se desenvolva uma verdadeira Rede Social, que só ser de pessoas. De outra forma não se tem “Social”.




Victor Viana no Twitter @curingabuzios matéria publicado originalmente em
O Curinga de Búzios